
Fui ao cinema
empolgado assistir a Jurassic World. Acredito que minha empolgação tinha raízes
em duas coisas: 1ª Jurassic Park foi o primeiro filme que eu vi no cinema e 2ª
Jurassic World parecia ser a grande continuação à altura do clássico de 1993.
Eu tinha altas
expectativas e me ferrei!
Minha cabeça começou
a doer e minha paciência se esvaiu quando me dei conta, por volta dos 20 min do
filme, de que eu estava prestes a assistir a um comercial de 124 min. O filme é
uma sucessão de “product placements”! Com a ressalva de que o marketing não era
nada indireto. Vamos fazer um teste? Eu sei, é fácil! Afinal, havia mais marcas
que dinossauros nesse filme. Mas vamos enumerar: Mercedes, Starbucks, Beats e
Samsung pra todo lado! Até o centro de convenções leva o nome da Samsung. Tem uma cena em que a Claire (Bryce Dallas Howard) chora ao encontrar o
Galaxy de um de seus sobrinhos e, juro, não sei se ela estava chorando pelo
temor do que tivesse acontecido aos meninos ou se era pelo celular quebrado. HEHEHE!
Depois que
voltei para casa e refleti sobre o filme, me dei conta de que Jurassic World
não é um filme ruim. Não, pelo menos, se o avaliarmos pela sua modesta pretensão,
que a meu ver, é apenas fazer propaganda. Isso mesmo! Esse filme não prometeu
ao seu público a exibição dos efeitos digitais mais atuais, tampouco prometeu
que envolveria o público numa história inacreditável e única. Nada disso!
Jurassic World não prometeu nada e apareceu diante dos nossos olhos tão gratuitamente
como um comercial chato de TV.
Faço ressalvas
aos roteiristas, que conseguiram inserir na história um pouco da insatisfação
que deve ter sido ter que escrever sob as rédeas da publicidade e, também, à
Claire que não só conseguiu sobreviver, mas, sobretudo, porque fez tudo o que
fez em cima do salto.