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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros


 
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  Fui ao cinema empolgado assistir a Jurassic World. Acredito que minha empolgação tinha raízes em duas coisas: 1ª Jurassic Park foi o primeiro filme que eu vi no cinema e 2ª Jurassic World parecia ser a grande continuação à altura do clássico de 1993.
Eu tinha altas expectativas e me ferrei!
Minha cabeça começou a doer e minha paciência se esvaiu quando me dei conta, por volta dos 20 min do filme, de que eu estava prestes a assistir a um comercial de 124 min. O filme é uma sucessão de “product placements”! Com a ressalva de que o marketing não era nada indireto. Vamos fazer um teste? Eu sei, é fácil! Afinal, havia mais marcas que dinossauros nesse filme. Mas vamos enumerar: Mercedes, Starbucks, Beats e Samsung pra todo lado! Até o centro de convenções leva o nome da Samsung. Tem uma cena em que a Claire (Bryce Dallas Howard) chora ao encontrar o Galaxy de um de seus sobrinhos e, juro, não sei se ela estava chorando pelo temor do que tivesse acontecido aos meninos ou se era pelo celular quebrado. HEHEHE!
Depois que voltei para casa e refleti sobre o filme, me dei conta de que Jurassic World não é um filme ruim. Não, pelo menos, se o avaliarmos pela sua modesta pretensão, que a meu ver, é apenas fazer propaganda. Isso mesmo! Esse filme não prometeu ao seu público a exibição dos efeitos digitais mais atuais, tampouco prometeu que envolveria o público numa história inacreditável e única. Nada disso! Jurassic World não prometeu nada e apareceu diante dos nossos olhos tão gratuitamente como um comercial chato de TV.
Faço ressalvas aos roteiristas, que conseguiram inserir na história um pouco da insatisfação que deve ter sido ter que escrever sob as rédeas da publicidade e, também, à Claire que não só conseguiu sobreviver, mas, sobretudo, porque fez tudo o que fez em cima do salto.