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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Por que parei de assistir a Game of Thrones e por que acho que voltarei a ver.

https://nbcprofootballtalk.files.wordpress.com/2015/08/gameofthrones.jpg



O que estou prestes a relatar aqui foi um insight que acabei de ter; uma descoberta que me foi revelada após a junção de duas ideias que ficaram parasitando na minha cabeça e que são oriundas de dois acontecimentos separados e diversos entre si. Os dois acontecimentos a que me refiro são: 1º a leitura de uma entrevista recente dada pelo Alan Moore ao The Guardian e, 2º a minha decisão de parar de assistir a Game of Thrones depois do término da 3ª temporada, devido aos acontecimentos do traumático “Red wedding”.
                Primeiro, estava divagando sobre uma sacada do Alan Moore dada na entrevista citada que achei bastante perspicaz. Na entrevista, o Alan repreende os espectadores e os roteiristas contemporâneos por estarem cultuando e ressuscitando os super-heróis. Pro Alan, esse culto está poluído de nostalgia, escapismo e soluções fáceis que nós, contemporâneos, estamos inadvertidamente buscando em nossas histórias; é como se nós tivéssemos nos reportado ao passado (sobretudo à cultura estabelecida e confortável do passado) onde os super-heróis foram criados e cumpriram suas funções sociais e, porque escolhemos olhar para o passado, tivéssemos esquecido do presente, isto é, tivéssemos abandonado a empreitada de encontrar soluções criativas e novas para os nossos problemas atuais. É irresistível não ver no “Capitão América: O soldado invernal” um exemplo privilegiado dessa crítica do Alan.
                Não me entendam mal, leitores! Sério! Sou fã de super-heróis, não de todos, mas de alguns. Mas é justamente por ser fã de super-heróis que entendi o que o Alan quis dizer e, mais ainda, entendi que eu gosto de super-heróis, em grande medida, pelas causas que o Alan apontou! Ficou claro para mim, por exemplo, porque gostei tanto do “Capitão América: O soldado invernal”, pois, no filme, vemos como o Rogers passa grande parte do tempo tentando entender os tons de cinza do mundo contemporâneo. O Capitão é um personagem da década de 40, da década Eixo VS Aliados, da década preto e branco da Segunda Guerra Mundial, nela era fácil escolher um lado, era fácil identificar o que estava errado e o que precisava ser feito, mas esse não é o mundo de agora, e por isso Rogers está tão perdido. Tão perdido – devo dizer – quanto eu estou perdido tentando encontrar algum ponto fixo neste mundo que parece se reconstruir a cada dia, a cada hora.

                Saudosismo, escapismo e o desejo de uma solução fácil...

                Sem fechar muito, passo ao segundo ponto, que era a minha decisão de parar de ver Game of Thrones após o “Red wedding”. Bem, não preciso dizer aqui o quão traumática e inesperada é a sequencia do “Red wedding”. A cena foi tão traumática para mim que, após assisti-la, decidi que não mais acompanharia GOT. Pensei várias coisas durante este tempo que estou sem ver a série: fui desde sentimentos de ódio por George R. R. Martin até análises especulativas sobre as inovações e quebras de paradigmas que o roteiro de GOT está introduzindo na mente do público. Mas o ponto crucial para mim é que eu não consigo entender a morte súbita de personagens de quem eu vim a gostar tanto. Continuar a assistir a série, para mim, parecia como um ato masoquista e eu não percebo em mim nenhum traço masoquista. Daí a contradição! Nem a curiosidade de saber o que acontecerá com certos personagens foi suficiente para vencer a decepção de ter visto a quase total destruição da família Stark que teve início no fim da 1ª temporada. Mais do que não entender sobre o que é, afinal, a história de GOT, achei de extremo mau gosto brincar com o público por tanto tempo, fazendo-nos engolir doses de violência gratuita apenas para por fim à casa cujo objetivo era apenas restaurar a justiça em Westeros. Não sei sobre vocês, mas no solo cultural onde eu cresci não se escrevem histórias assim!

Até que...

E agora chego ao ponto de síntese que me foi revelado pelo insight que tive. Basicamente, me dei conta de que Game of Thrones é a narrativa contemporânea de que o Alan Moore sente falta no mundo de hoje! Mais ainda, me dei conta também da razão pela qual a série é tão difícil para mim: não é porque nela foram mortos personagens de quem fui levado a gostar – não! – é porque, na série, estou testemunhando a morte brutal de personagens cujas virtudes não têm mais lugar no mundo de Westeros. Em poucas palavras, caso não tenha ficado claro: em GOT, heróis são mortos! Mais do que não optar por soluções fáceis, em GOT, essas soluções são impossíveis, pois não há um herói a quem recorrer. Foi esse o insight que tive e é assim que entendo atualmente a série. Não sou capaz de antecipar, nem em linhas gerais, os caminhos que a narrativa seguirá. Mas, se a minha comparação entre a série e os tempos atuais tem alguma validade, então acredito que teremos um final decepcionante, pois, para um final satisfatório, precisaríamos de um autoconhecimento que não está ainda à nossa disposição, nem no campo científico, nem no campo da ficção artística. Enquanto muitas coisas estão ainda para acontecer, na série com a 6ª temporada e no mundo com todos os seus complexos acontecimentos, acho que, pelo menos, encontrei uma boa razão para continuar assistindo a GOT, pois quero, no mínimo, testar as especulações levantadas aqui.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros


 
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  Fui ao cinema empolgado assistir a Jurassic World. Acredito que minha empolgação tinha raízes em duas coisas: 1ª Jurassic Park foi o primeiro filme que eu vi no cinema e 2ª Jurassic World parecia ser a grande continuação à altura do clássico de 1993.
Eu tinha altas expectativas e me ferrei!
Minha cabeça começou a doer e minha paciência se esvaiu quando me dei conta, por volta dos 20 min do filme, de que eu estava prestes a assistir a um comercial de 124 min. O filme é uma sucessão de “product placements”! Com a ressalva de que o marketing não era nada indireto. Vamos fazer um teste? Eu sei, é fácil! Afinal, havia mais marcas que dinossauros nesse filme. Mas vamos enumerar: Mercedes, Starbucks, Beats e Samsung pra todo lado! Até o centro de convenções leva o nome da Samsung. Tem uma cena em que a Claire (Bryce Dallas Howard) chora ao encontrar o Galaxy de um de seus sobrinhos e, juro, não sei se ela estava chorando pelo temor do que tivesse acontecido aos meninos ou se era pelo celular quebrado. HEHEHE!
Depois que voltei para casa e refleti sobre o filme, me dei conta de que Jurassic World não é um filme ruim. Não, pelo menos, se o avaliarmos pela sua modesta pretensão, que a meu ver, é apenas fazer propaganda. Isso mesmo! Esse filme não prometeu ao seu público a exibição dos efeitos digitais mais atuais, tampouco prometeu que envolveria o público numa história inacreditável e única. Nada disso! Jurassic World não prometeu nada e apareceu diante dos nossos olhos tão gratuitamente como um comercial chato de TV.
Faço ressalvas aos roteiristas, que conseguiram inserir na história um pouco da insatisfação que deve ter sido ter que escrever sob as rédeas da publicidade e, também, à Claire que não só conseguiu sobreviver, mas, sobretudo, porque fez tudo o que fez em cima do salto.

domingo, 11 de setembro de 2011

Benvenuto Cellini - Perseu




          Tudo o que é grego emerge deste Perseu!

O poema sobre o desastre de Lisboa de Voltaire


O poema sobre o desastre de Lisboa
Trad. Vasco Graça Moura

Ó míseros mortais! Ó terra deplorável!
De todos os mortais monturo inextricável!
Eterno sustentar de inútil dor também!
Filósofos que em vão gritais: "Tudo está bem";
Vinde pois, contemplai ruínas desoladas,
restos, farrapos só, cinzas desventuradas,
os meninos e as mães, os seus corpos em pilhas,
membros ao deus-dará no mármore em estilhas,
desgraçados cem mil que a terra já devora,
em sangue, a espedaçar-se, e a palpitar embora,
que soterrados são, nenhum socorro atinam
e em horrível tormento os tristes dias finam!
Aos gritos mudos já das vozes expirando,
à cena de pavor das cinzas fumegando,
direis: "Efeito tal de eternas leis se colha
que de um Deus livre e bom carecem de uma escolha?"
Direis do amontoar que as vítimas oprime:
"Deus vingou-se e a morte os faz pagar seu crime?"
As crianças que crime ou falta terão, qual?,
esmagadas sangrando em seio maternal?
Lisboa, que se foi, pois mais vícios a afogam
que a Londres ou Paris, que nas delícias vogam?
Lisboa é destruída e dança-se em Paris.
Tranquilos a assistir, espíritos viris,
vendo a vossos irmãos as vidas naufragadas,
vós procurais em paz as causas às trovoadas:
Mas se à sorte adversa os golpes aparais,
mais humanos então, vós como nós chorais.
Crede-me, quando a terra entreabre abismo ingente,
ais legítimos dou, lamento-me inocente.
Tendo a todo redor voltas cruéis da sorte,
e malvado furor, e armadilhada a morte,
dos elementos só sofrendo as investidas,
deixai, se estas conosco, as queixas ser ouvidas.
É o orgulho, dizeis, em sedição maior,
que quer que estando mal, ‘stivessemos melhor.
Pois ide interrogar as margens lá do Tejo;
nos restos remexei sangrentos do despejo;
perguntai a quem morre em tão medonho exílio
se é o orgulho a gritar: "Céu, vem em meu auxílio!
desta miséria humana, ó céu, sê solidário!"
"Tudo está bem, dizeis, e tudo é necessário."
Todo o universo então, sem o inferno abissal,
sem Lisboa engolir, se acresceria em mal?
Seguros estarei de a causa eterna aqui,
que tudo sabe e faz, tudo criou para si,
não nos poder lançar em tão triste clima
sem acender vulcões, andando nós por cima?
Pois assim limitais a mais alta potência?
Assim a proibis de excercitar clemência?
O eterno artesão em suas mãos não tem
prontos meios sem fim aos fins que lhe convêm?
Quisera humilde, e sem que ao mestre recalcitre,
que esse gosto a inflamar o enxofre e o salitre
seu fogo fosse atear lá no deserto imerso.
Eu respeito o meu Deus, porém amo o universo.
Se ousa o homem gemer de um flagelo horrível,
não é orgulho, não! Apenas é sensível.
Os que habitam em dor os bordos desolados,
dos tormentos, do horror, seriam consolados
se lhes dissesse alguém: "Caí, morrei tranquilos;
para um mundo feliz, perdeis vossos asilos;
outras mãos erguerão vosso palácio a arder,
nos muros a ruir, mais povos vão nascer;
o Norte ganha mais com tudo o que perdeis;
vosso mal é um bem, segundo as gerais leis;
Deus vê-vos tal e qual ele olha os vermes vis
de que na cova sois a presa e que nutris?"
Aos desvalidos é horrível tal linguagem!
Minha dor, ó Cruéis, não consintais que ultrajem.
Não, não me apresenteis ao peito em ansiedade
as imutáveis leis de uma necessidade,
corpos a encadear, e espíritos e mundos.
Ó sábios a sonhar! Quiméricos profundos!
Deus segura a cadeia e não é encadeado;
seu benfazejo ser tudo há determinado;
é livre e justo, e não cruel nem vingativo.
Porque sofremos pois num jugo equitativo?
Mister o nó fatal seria desatar,
nosso mal curareis tratando de o negar?
Cada povo, a tremer, sob uma mão divina,
na origem para o mal que vós negais se obstina.
E se essa eterna lei que move os elementos
penhascos faz cair sob o esforçar dos ventos,
se aos carvalhos o raio a vasta fronde abrasa,
não sentem todavia o golpe que os arrasa:
Mas vivo, mas sinto eu, mas, coração opresso,
a esse Deus que o formou o seu socorro peço.
Filhos do Omnipotente e míseros nascemos
e para o pai comum as mãos eis que estendemos.
O vaso, sabido é, não diz nunca ao oleiro:
"Porque sou eu tão vil, tão fraco e tão grosseiro?"
Da fala não tem dom, não tem um pensamento;
essa urna que ao formar-se cai no pavimento,
não recebeu da mão do oleiro um coração
que bens quisesse ter e sentisse aflição.
"Essa aflição, dizeis, é o bem de um outro ser."
Do meu corpo a sangrar mil vermes vão nascer;
quando a morte põe fim ao mal que eu hei sofrido,
bela consolação, por bichos ser comido!
Calculadores vãos dos dramas humanais,
não me consoleis pois, que as penas me azedais;
em vós não vejo eu mais que esforço impotente
de orgulho em sorte má que finge ser contente.
Do grande todo só fraca parte hei-de eu ser:
sim, mas os animais, forçados a viver,
e todo ser que sente e à mesma lei nasceu
têm de viver na dor e de morrer como eu.
Sob a tímida pressa, o encarniçado abutre
dos membros dela em sangue a bel-prazer se nutre;
para ele tudo é bem; porém e sem demora
a águia de bico de aço o abutre já devora;
o homem com mortal chumbo atinge a águia altaneira:
e ele em campo de Marte acaba sobre a poeira,
dos golpes a sangrar, junto aos mais moribundos,
de pasto indo servir aos pássaros imundos.
Os seres de todo o mundo assim todos padecem;
nados para o tormento, uns por outros perecem:
e vós arranjareis, nesse caos fatal,
do mal de cada ser, ventura universal!
Que ventura! Ó mortal, que és fraco e miserável!
Gritais: "Tudo está bem" e a vós é lamentável,
o mundo vos desmente e vosso coração
cem vezes vos refuta a errada concepção.
Humanos, animais, elementos em guerra.
Preciso é confessar que o mal está na terra:
seu princípio secreto é-nos desconhecido.
Do autor de todo o bem o mal terá saído?
Pois o negro Tifão, o bárbaro Arimano,
nos forçam a sofrer por seu mando tirano?
Meu espírito não crê em monstros odiosos
de que o mundo a tremer fez deuses poderosos.
Mas como conceber, só de bondade, um Deus
que os bens prodigaliza aos caros filhos seus
e neles derramou só males às mãos cheias?
Que olhar poderá ver-lhe o fundo das ideias?
Não ia o mal nascer do ser que é mais perfeito;
não vem de mais ninguém, se é Deus o só sujeito.
E todavia existe. Oh, bem tristes verdades!
Oh, mistura de espanto e de contrariedades!
A nossa raça aflita um Deus vem consolar
e a terra visitou sem a modificar!
Que o não pôde, um sofista em arrogância diz;
diz outro "Pode sim, o ponto é que o não quis;
decerto há-de querer"; e enquanto se arrazoa
há fogo subterrâneo a engolir Lisboa
e de cidades trinta os restos a espalhar,
do ensanguentado Tejo ao gaditano mar.
Ou nasce o homem culpado e Deus pune-lhe a raça,
ou único senhor que ser e espaço traça,
sem pena e sem se irar, tranquilo, indiferente,
da sua própria lei vai na eterna torrente;
ou contra ele a matéria informe se rebela
e em si defeitos traz necessários como ela;
ou Deus nos põe a prova e essa mortal viagem
para um eterno mundo estreita é a passagem.
Nós sofremos aqui dor passageira, sim:
a própria morte é um bem que às misérias põe fim.
Mas um dia ao sair desse caminho atroz,
dirá que mereceu ventura algum de nós?
Seja lá como for, é certo que se trema.
Nada sabido é, nada há que não se tema.
À natureza muda as questões pôr não vale;
precisa-se de um Deus que ao género humano fale.
Só ele poderá a sua obra explicar,
ao fraco dar consolo e ao sábio iluminar.
Sem ele, abandonado, erra, duvida e falha,
o homem que busca em vão apoio numa palha.
Leibnitz não me ensinou por quais nós invisíveis,
na ordem do melhor dos mundos já possíveis,
em desordem eterna, um caos de desventura
a nosso vão prazer a dor real mistura,
nem por que é que os dois, culpado e inocente,
o inevitável mal sofrer hão-de igualmente.
Nem posso conceber tudo estivesse bem:
sendo eu como um doutor, ah, nada sei porém.
O homem, diz Platão, já teve asas; e mais:
impenetrável corpo às agressões mortais;
o passamento, a dor não vinham a seu lado.
Quão diverso hoje ele é desse brilhante estado!
Rasteja, sofre, morre; e assim quando se gera;
e na destruição a natureza impera.
Frágil composto pois, de nervos e ossos feito,
e a qualquer colisão de elementos atreito;
tal mistura de sangue e líquidos e pó,
para se dissolver se reuniu tão-só;
e em seu pronto sentir, os nervos delicados
se submetem à dor, ministra de finados:
da voz da natureza é quanto me asseguro.
Abandono Platão, mando embobra Epicuro.
Mais que os dois sabe Bayle; e eu vou-o consultar:
de balança na mão, ensina a duvidar,
sábio e grande demais para não ter sistema,
a todos destruiu, e é contra si que rema:
como o cego a lutar que os Filisteus prenderam
sob os muros caiu que as mãos dele abateram.
Do espírito que pode a mais vasta conquista?
Nada; o livro da sorte encerra à nossa vista.
O homem, estranho a si, é do homem ignorado.
Onde estou, onde vou, quem sou, donde tirado?
Átomos em tortura em lama que se empasta,
cuja sorte se joga e a morte então arrasta,
mas postos a pensar, e átomos que viram,
guiados pela mente os céus que já mediram;
ao seio do infinito aspira o nosso ser,
sem um momento só nos ver, nos conhecer.
O mundo, este teatro, orgulho e erro abalam,
e é de infortúnios só que de ventura falam.
Busca-se o bem-estar em queixas a gemer:
a morte ninguém quer, ninguém quer renascer.
Às vezes, quando à dor os dias consagramos,
pela mão do prazer os prantos enxugamos;
mas o prazer se vai e como a sombra passa;
sem conta nossos são perdas, choro e desgraça.
O passado é-nos só uma lembrança triste;
e o presente é atroz, se o porvir não existe,
se a noite tumular no ser que pensa avança.
Bem será tudo um dia, é essa a nossa esp’rança;
hoje tudo está bem, é essa a ilusão.
Com sábios me enganei e só Deus tem razão.
Humilde nos meus ais, sofrendo em impotência,
eu não atacarei porém a Providência.
Viram que outrora em tom não lúgubre cantei
do mais doce prazer a sedutora lei:
outro tempo e costume: a idade dá sageza,
do humano extraviar partilho ora a fraqueza,
quero na treva espessa a mim iluminar,
e apenas sei sofrer e já não murmurar.
Um califa uma vez, como a sua hora desse,
ao seu Deus foi dizer apenas uma prece:
"Ser sem limite e rei único na verdade,
trago-te o que não tens na tua imensidade,
faltas, erro, ignorância e males em pujança."
Mas inda ele juntar podia a esperança.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Prove as fórmulas abaixo

No exercício em anexo vocês devem provar a conclusão pedida a partir das fórmulas dadas.

Exercício de dedução natural.doc

As respostas estão aqui:

Exercício de dedução natural [Gabarito].doc

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Exercícios sobre Tabela de Verdade e Tablô Semântico

Neste exercício vocês devem construir a tabela de verdade e fazer o tablô semantico para cada uma das fórmulas dadas, a fim de descobrir se elas são tautologias, contingências ou contradições.

Exercícios - Tabela de verdade e Tablô.doc

O gabarito segue junto. Qualquer dúvida me procurem.

Exercícios - Tabela de verdade e Tablô [Gabarito].doc

IMPORTANTE: Amanhã (18/11) haverá monitoria no horário antes da aula de Lógica I, de 12:00h às 13:40h.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Formalize as Sentenças

Mais algumas sentenças para vocês formalizarem do modo como fizemos em sala:

  1. O mar é azul e o céu é azul.
  2. Ou Pedro casa com Maria ou Pedro casa com Joana.
  3. O Brasil será campeão e a Argentina será vice, caso a Itália perca o próximo jogo.
  4. Se você fumar ou beber terá problemas cardiovascularese viverá menos.
  5. Se Deus é onipotente e bom, este é o melhor dos mundos possíveis:
  6. Se eu ganhar na loteria, comparei um carro ou uma casa.
  7. Se eu ganhar na Loto casarei com Alice, ou eu casarei com Beatriz (ambígüa!)
  8. Se João não gosta de samba, bom sujeito não é.
  9. Se João não gosta de samba, bom sujeito não é: ele é ruim da cabeça ou doente dos pés.
  10. Se o Brasil for campeão e a Argentina for vice, Maradona se suicidará.
  11. Se o Brasil for campeão, todos comemorarão e amanha será feriado.
  12. Se Pedro casar com Maria, Maria será feliz ou Pedro será feliz.
  13. Se Pedro casar com Maria, nem Pedro nem Maria nem Joana serão felizes.
  14. Se penso existir ou se não penso existir, de qualquer modo existo.
  15. Se quero encontrar, não encontro e se não quero encontrar, encontro.
  16. Pedro e Maria foram ao cinema e por isso não estão em casa.
Publicarei as respostas em breve!

AH! AQUI ESTÃO ELAS: Formalize as sentenças [Respostas].doc